Imagens
“Você gosta da ideia que você tem de mim, do que você acha que eu sou” Clovis de Barros
Hoje recebi uma mensagem elogiosa de ex-colega de trabalho que me deixou desconcertada, porque enalteceu qualidades que procuro praticar, como se ele só visse isso em mim.
Já é de conhecimento geral que o apaixonado não enxerga a pessoa por quem ele se apaixonou, o que vê é uma imagem projetada, muitas vezes idealizada do que ele queria que o parceiro fosse.
O que a maioria não sabe é que nos relacionamos com a imagem que temos do outro, seja namorado, amigo, chefe ou professor.
Clovis de Barros diz que vemos no outro aquilo que somos: “você me vê amável porque você é amável”. Faz sentido, mas vou além. Vemos também o que gostaríamos de ser ou o que desejamos que o outro tenha.
Essa imagem que criamos é causa de decepção, de desentendimento e até de separação. Isso acontece porque a imagem não se sustenta ao longo do tempo e, mesmo que não queiramos, passamos a ver a pessoa como ela é, em especial os defeitos que antes não víamos.
Esse é o momento crítico da relação, em que sustentar a relação depende do grau de maturidade dos dois. Aquele que quer manter a imagem que criou se afasta, mas a pessoa madura inicia uma nova fase em que se interessa em conhecer o parceiro, exercitando a indulgência e tolerância, na medida em que conhece e aceita os próprios defeitos.
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