Erros de julgamento


 

“O grande problema do homem que não ama a verdade é que começa a achar que a sua opinião é a verdade e aí ele se torna o dono da verdade.” Lúcia Helena Galvão

 

Eu já quis ser juíza, até me preparei para o exame, mas desisti, não me achei capacitada para decidi a vida de uma pessoa. Hoje ainda penso assim. 

 

Sei que é preciso e necessário que haja um mediador para as contendas humanas, mas na maioria das vezes se decide em favor de um lado, contra o outro. Nas relações humanas dificilmente existe apenas um certo, ambos contribuem para o desentendimento.

 

Já passei um ano sem contato com uma de minhas irmãs, porque achava que era isso que ela queria, já que ela ficou muito exaltada na discussão. Anos e anos se passaram, e só recentemente ela me disse que no mesmo dia já tinha passado a raiva. 

 

A maioria das vezes o julgamento é baseado em suposições, no achismo, e se tiver um componente emocional, essa avaliação fica mais comprometida, em especial quando envolver uma pessoa querida. Muitas vezes a conclusão é tirada a partir do que o julgador faria naquela situação ou a partir de uma circunstância semelhante já vivida por ele

A maioria dos julgamentos são circunstanciais. O julgamento é prejudicial porque pode resultar em injustiça, sofismas, erros de interpretação, pode estar comprometido por preconceito e generalizações, causar conflitos e ressentimentos, afetar a empatia. O maior erro no julgamento é não considerar que existe outras hipóteses que podem explicar a ocorrência e a conduta daquela pessoa. 

 

A maioria das vezes uma conversa franca dirime dúvidas que poderiam germinar em solo sombrio. Mais vale perguntar diretamente à pessoa que fazer inferências equivocadas a respeito dela. 

 

Em qualquer situação é preciso estar atento para não comprometer a relação ao fazer uma leitura superficial a respeito de alguém. 

 

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