Fantasia ou realidade
“A poesia para mim não é uma fuga da realidade como os outros pensam, é o aprofundamento da visão da realidade, da visão que a gente tem da vida, um aprofundamento de si mesmo.” Mário Quintada
Já dizia Freud: “Aonde quer que eu vá, descubro que o poeta já esteve lá.” Para mim, a poesia não é uma linguagem cifrada, uma mensagem secreta. Ela é uma imagem que fala de algo que a linguagem discursiva não é capaz de transmitir.
A poesia é a fala do inconsciente, por isso toca fundo em quem está aberto para receber a realidade em forma de metáfora. Ela traduz a realidade através de símbolos, cujo significado é pessoal.
Desde que o mundo é mundo, o saber é transmitido por alegorias e mitos, que sobreviveram a séculos, e ainda hoje tem o seu lugar.
Dizer de forma figurada fixa no íntimo das pessoas de um jeito que não precisa de explicação.
Percebo que quando uso a linguagem discursiva algo se perde nas entrelinhas. Essa mesma sensação não tenho quando falo por metáforas. Elas conseguem aprofundar em mim a percepção da realidade, quando não encontro palavras para dizer o que penso e sinto.
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