Responsabilidade afetiva

 

 

“Você se torna responsável pelo que o outro sente. A gente tem que parar de ser covarde com os outros que a gente envolve, que a gente dá esperança. A gente traz o outro para dentro da história da gente.“ Isabel de Jesus

 

No livro “O pequeno príncipe”, o protagonista diz: “você é responsável por aquele que você cativa.”

 

Isso me faz refletir sobre sedução. 

Segundo o dicionário online de português, sedução é o ato de “atrair alguém com propósitos afetivos sem a intenção de os cumprir”. 

 

O sedutor quer se autoafirmar através da conquista. Sua autoestima está condicionada a atrair alguém com  sensualidade, seja com palavras e ações que o envolvem afetivamente, e depois que consegue seu intento perde o interesse.

 

No início de meus relacionamentos afetivos eu me tornei disponível, afetuosa carinhosa, me doei de tal forma que nem que eu quisesse não seria capaz de sustentar essa conduta que cativou meus parceiros por muito tempo. Eles me diziam que nunca pensaram em me deixar, e acredito que o motivo era a expectativa de que eu voltasse a ser como era no início.

 

A minha imaturidade não permitia que eu me mostrasse como de fato era e que agisse de forma sustentável afetivamente. Não tinha consciência do mal que causava aos outros. 

 

Ser responsável por quem cativo não é fácil, porque requer intenção e vontade em sê-lo desde o início e enquanto a relação durar. Pelo menos estou empenhada nisso atualmente. 

Advogada, Helper de Pathwork (método de autoconhecimento), escritora, livre pensadora.

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