Equívocos do amor
“Eu amo uma pessoa, eu quero que essa pessoa cresça, mesma que essa pessoa um dia vá crescer longe de mim.” Ana Beatriz
Eu acreditava que amava, mesmo sendo possessiva e ciumenta. Isso não é amor, é apego excessivo e medo de perder.
Também achei que estava amando quando fazia pelo meu amado o que ele o que era dever dele. Isso é contribuir para torná-lo acomodado.
Outro equívoco é achar que amor é excesso de cuidado e de zelo, impedindo-o de desenvolver autonomia.
Mais um equívoco: manipular o ser amado, dando sem reciprocidade porque eu mesma não permitia. Assim, ele se tornou escravo da minha suposta bondade.
Me enganei em achar que tinha direito de cobrar dele me dar na mesma medida em que dou, e chamava isso de reciprocidade.
Reciprocidade é o equilíbrio espontâneo e voluntário entre dar e receber, não pode ser medida pela régua da igualdade, já que as pessoas só dão o que têm.
O mal sempre encontra uma chance de se imiscuir com o bem. Se na infância essa atitude equivocada era perdoada, quando a gente se torna adulto, ela se torna o mal mascarado de bem.
Quem ama quer que o amado evolua, quer o seu bem, deixa-o livre para viver sua própria vida, mesmo que seja longe de mim.
Não é fácil renunciar à essa atitude egoísta e imatura de exigir amor exclusivo.
No entanto, agora sou adulta, como tal preciso desenvolver amor-próprio, para não cobrar o amor que só eu posso me dar.
Só quem se ama é capaz de amar outra pessoa e ter um relacionamento sadio e recíproco.
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