O mal é a ignorância
Já acreditei que o mal era algo abstrato e fora de mim, que era uma entidade que reunia toda perversidade, toda destrutividade, toda perversão.
É mais fácil acreditar nisso do que admitir que ele também está em mim, escondido de tal forma que eu só conseguia ver o bem. Na verdade, esse bem era uma máscara que usava, na esperança de ninguém ver minha sombra.
A máscara, além de impedir me ver por inteira, tirava a energia e me cegava das qualidades que já adquiri.
Há mal disfarçado de bem e há bem que aparenta ser um mal. Como bem e mal se misturam dentro de mim, minhas intenções são feitas dos dois.
Ainda que minha intencionalidade tenha resquícios de maldade, o bem pode prevalecer, depende da atenção que eu escolher dar.
Quanto mais sofisticado o mal, mais difícil é detectá-lo. O mal é a distorção das qualidades devido à ignorância.
Quanto mais oculto ele estiver, mais força sobre mim terá. Oculta-lo faz com que eu o ignore, ao ignorá-lo, não posso observar como ele atua em mim, não posso transmutá-lo à sua fonte original que é o bem.
A ignorância é a fonte de todo mal, é através dela que praticamos atos nefastos sem ter consciência disso.
O obstáculo para sair da ignorância está na racionalização. Como eu não aceitava o mal em mim, a mente justificava meus erros, racionalizando-os.
Quanto mais consciente sobre mim eu estiver, menor é a ignorância, mais fácil lidar com o comportamento deturpado, mais fácil corrigi-lo.
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