Envelhecimento e cuidados - Virgínia Leal
Envelhecimento é o processo de desgaste físico e biológico que se inicia após a plenitude da fase adulta. Não é possível precisar a idade em que isso ocorre, porque pode variar de pessoa para pessoa, entretanto há estudos que afirmam ser o marco aos vinte oito anos. Diante do aumento demográfico da população de idosos, surgiram muitas profissões focadas no envelhecimento, entre elas a gerontologia.
Nesses estudos foram definidas distinções entre envelhecimento e velhice, entre senescência e senilidade, entre adoecimento e saúde e entre funcionalidade e deficiência.
A velhice diferencia-se de envelhecimento, por ser uma fase da vida ou ciclo onde o idoso está inserido. O processo de envelhecimento inicia-se antes e perdura após a instalação da velhice e segue até o fim da vida.
A senescência abrange todas as alterações naturais no organismo humano, decorrentes do processo fisiológico de envelhecimento. A senilidade é uma condição patológica que compromete a funcionalidade e qualidade de vida do idoso. Não são alterações normais do envelhecimento. É comum o equívoco de associar a ocorrência de doenças na velhice à condição própria do envelhecimento.
Há senilidades que são resultado direto das escolhas feitas quanto a hábitos e estilo de vida adotados ao longo da existência, que podem comprometer a saúde. E há outras decorrentes de interferências do ambiente e de fatores genéticos.
A funcionalidade é a capacidade de gerir a própria vida e de cuidar de si mesmo e é a base do conceito de saúde para o idoso. A capacidade funcional do idoso vai determinar o seu grau de autonomia ou dependência. As limitações da funcionalidade podem ser decorrentes do processo natural de envelhecimento ou da senilidade. A perda ou diminuição da funcionalidade não é inexorável, há idosos que permanecem funcionais até à morte.
A família precisa acompanhar os sinais de envelhecimento de seu ente querido que comprometam sua funcionalidade, como a capacidade motora, a habilidade em praticar determinadas tarefas e a ocorrência de lapsos de memória. Além de evitar a exposição do idoso a riscos, isso possibilita verificar o nível de funcionalidade e adotar providências compatíveis com a condição de senescência ou senilidade do idoso.
Independente do idoso ser senescente ou senil, os cuidados a ele são determinados de acordo com sua habilidade funcional. Convém ao idoso que goze de sua plena capacidade mental observar o seu processo de envelhecimento, para que possa avaliar a necessidade de ajuda, e assim, promover qualidade de vida.
De acordo com a OMS, para que o envelhecimento seja uma experiência positiva, designado de envelhecimento ativo, é preciso criar oportunidades de saúde, participação, segurança e cuidados, à medida que se envelhece. Para isso, é importante fomentar a expectativa de uma vida saudável e com qualidade, para todas as pessoas que estão envelhecendo, até mesmo para aquelas que estão em processo de senilidade.
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