A que se destina? Virgínia Leal



 

O jovem crê que o destino se dará como projetou. 

Frente aos revezes que não previu, abalam-se as certezas 

e o destino passa ser eventual desvio do planejado.

Em retrospecção do que viveu,  sente  gratidão e arrependimento.

Arrependimento das oportunidades desperdiçadas, 

da inversão de valores e dos  amores não cultivados.

Gratidão pelos perigos afastados,  

pela maturação da dores e das alegrias,

pelas vivências que modelaram a existência. 

Percebe, então, que o destino é a tecitura de eventos 

arranjados pelos fios das próprias ações. 

Entende que são também os efeitos das escolhas

transpassadas na rede invisível da vida,

onde cada um é único e compõe o todo.  

E que é predestinado  a ser feliz. 

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