Tempo de decidir
“E quando a vida te mergulhar nas águas profundas, espere, não te desesperes, permanece, alonga a paciência, fortalece o fôlego, e treina o silêncio. Porque até a semente antes de romper a terra precisa primeiro aprender a crescer no escuro.” Israel Domingos
Decidir não é só afirmar aquilo que vem da mente. A decisão envolve a intenção, a disposição, e a força que vem do coração.
Recentemente intencionei e pedi ajuda ao mundo de Deus para soltar o passado. Esqueci que antes do desejo se materializar, Deus me mostra os obstáculos para que ele aconteça.
Achei que tinha decidido, quando, na verdade, não olhei para o apego que tenho às coisas boas que agora não mais existem.
Para me liberar do passado, preciso aceitar o presente como ele se apresenta. A aceitação é um sentimento que brota quando eu passo a desfrutar do que o agora oferece, sem fazer comparação com o que já tive.
Ao intencionar me despedir do passado, senti melancolia, “o suspiro silencioso da alma que clama por tempos perdidos e sonhos desvanecidos.”. (Jhon Herbert)
A mente tem consciência de que o passado não volta. Entretanto, como a alma está presa ao que passou o conflito foi criado, afetando meu estado de ânimo, me tirando as forças para perseverar.
Preciso cuidar do meu coração ferido, dar a ele o alimento que ele precisa, ajudá-lo a viver o luto necessário para a despedida.
Suportar as águas profundas do escuro vazio, onde a semente de algo novo germinará, antes de chegar à superfície.
Agora, mais do que nunca, preciso focar no momento, pois só ele pode gerar a alavanca que me impulsionará a sair de um lugar inexistente.
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