O QUERER - do livro "De Algum Anel Azul"

 

 





O querer, querido

É uma flor efêmera

Que nasce sol

E morre lua




É frágil, delicado


E sem rumo


Supõe querer

Quiçá o quê



É um anseio

indecifrável

Que vem e vai

Que surge e se esvai

Nuvem que se dissipa



É um estado

Uma sensação

Etérea

Que arde e queima

E tonifica



Uma busca

Às cegas

Um olhar

Sem visão



Um sonho

Um desejo

Que maltrata

Sem perdão



O querer ...

Ah bruta flor, bruta flor











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