Cabo de guerra - Virgínia Leal
A quem me pergunta se invejo encontros românticos,
quem ganha mimos e flores,
quem divide a cama,
e tem a ilusão de paraíso;
se ainda careço da presença
que mata o desejo e converte os dias em tédio;
respondo que sinto falta de dividir momentos leves
e encontros gentis,
de desfrutar de conversas amenas
e de silêncios brandos,
de compartilhar ternos afetos.
a qualquer um que me confronta
se continuo a querer o cabo de guerra
entre vontades e pontos de vista,
entre disputas em ter razão,
entre choque de forças contrárias,
falo de afinidades, sentido convergente,
acolhimento de divergências,
aceitação recíproca de como cada um é.
digo que já me sinto alargar para caber-me a mudança;
mudança com traços compatíveis com o anseio;
anseio que é o mesmo que preciso.
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