Sensibilidade, intensidade e limites
“Quando você não se acha merecedor de amor, dificilmente você aceita que outra pessoa possa lhe amar.” anete.guimaraes
Houve um tempo em que avoquei para mim a tarefa de cuidar dos meus pais e irmãos. A toda demanda eu dizia sim.
Até o dia em que eu me prostrei de exaustão e constatei que eu não era tão forte como imaginava e disse isso a eles. Alguns aceitaram, mas outros se ressentiram, cobravam ostensivamente ou por meio de atitudes que eu voltasse a ser aquela pessoa sempre disponível.
Não é fácil dar-se limites, e esse é o primeiro passo para se ter uma relação saudável. Mais do que ser útil, eu queria ser indispensável para ter poder sobre os outros e assim me sentir amada. Esse foi o maior equívoco que tive na vida.
Ouvi, numa publicação de semente_estelar o seguinte: Quando você para de fazer tudo por todos, começa a perceber quem realmente se importa com você.” Isso é um fato.
Para eu me sentir indispensável, neguei uma parte importante de mim, a sensibilidade. E para ocultá-la, não podia me mostrar vulnerável e a encobria com emoções substitutas intensas.
A intensidade é uma forma exagerada de sentir para esconder a sensibilidade.
Eu confundia sentir intensamente com sentir com profundidade. O sentimento profundo não é excessivo, é manso e pacífico.
Para mim, sensibilidade e limites é a equação necessária para dar-se sem se perder.
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