Eu e minhas versões
“Você nunca vai se conhecer como o mundo te conhece, nunca ouviu sua própria voz como os outros ouvem.” @eliseupaess
Assisti a um filme antigo em que o protagonista se achava tão sem importância que se morresse não faria falta. Um anjo mostrou a ele o que aconteceria se ele não tivesse nascido. Foi então que me dei conta que não sei como as pessoas me veem, como minha presença ou ausência as afetam e como interfiro no ambiente.
Achava que as pessoas me viam como eu me vejo, mas cada pessoa cria uma versão diferente de mim conforme focam em determinados aspectos meus.
Há quem veja meu lado bom, outro vê meus defeitos, dificilmente alguém teria a maturidade e curiosidade de saber quem de fato sou. Tem quem mantenha congelada minha imagem antiga.
O olhar do outro está comprometido com sua história de vida, suas experiências e expectativas, suas projeções.
Quando converso com minhas irmãs sobre nosso pai, cada uma tem uma versão diferente dele.
A forma como me vejo também é uma versão, embora há muito venha investindo em me conhecer.
Depois que fiz essa constatação tudo mudou, passei a observar como minha presença e atitudes afetam os outros. Agindo assim me ajuda a ver aspectos que me são ainda ocultos, os pontos cegos.
A verdade é que nunca vou saber como os outros me veem, e isso não é tão importante, se eu me empenho em expressar minha autenticidade.
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