Onde está a verdade?
“O grande problema quando o homem não ama a verdade, é que ele começa a achar que a sua opinião é a verdade e aí ele se torna dono da verdade.” Lúcia Helena Galvão
Eu sempre questionei a verdade determinada e fixada pelos detentores do poder. Não me acho capaz de alcançar a verdade absoluta. Acredito que toda verdade é relativa e pessoal, é a conclusão que cada um é capaz de alcançar.
Ainda que a verdade seja copiada de um conceito já conhecido, a gente só é capaz de apreender aquilo que é capaz de assimilar.
A verdade não pode ser fixa, ela é dinâmica, está sempre em movimento, à medida que a pessoa dá mais um passo em busca dela.
Ouvi alguém dizer: “quando dou um passo, o mundo se move.” É a mais genuína verdade! E quando falo de mundo, estou me referindo ao mundo interno. Meu mundo está sempre em movimento, e ando à medida que me abro para outras possibilidades.
Não me acomodo com a verdade que consigo alcançar, sei que não sou dono dela, que ela sempre me escapa à medida em que a procuro.
Sobre esse tema, Viviane Mosé diz que “A linguagem é produto das relações de poder... Se a gente quer se libertar dessa dominação, a gente tem que eternamente transformar a linguagem, inclusive a própria gramática.”
Tenho consciência de que estou conceituando ao falar, e que tal conceito pode estar influenciado por um outro pré-determinado. Entretanto, procuro criar o meu próprio, ou seja, minha própria opinião sobre tudo.
Quem acompanha as coisas que escrevo, percebe que essa opinião não é estática, é fruto das conclusões que tiro das experiências vividas, e a toda hora está se deslocando.
A verdade não é algo concreto, tão pouco determinado, é um caminho que está sempre mudando de sentido ou de direção, à medida que a percepção se aguça e que a experiência resulta em sabedoria.
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