Princípio da inclusão

  

“No princípio só havia consciência sem forma, sem nome, sem começo. Tudo era o todo, mas o todo, por ser tudo, não tinha nada fora de si. Sem o outro, não havia espelho, e sem espelho não há reconhecimento, sem reconhecimento não há experiência, sem experiência, não há expansão...

Foi aí que ele orbitou, se ultrapassou, se fragmentou. E ao se fragmentar ... Cada ser, cada alma, cada consciência individual é uma centelha dessa grande consciência que tudo é... Kleber D. Bernardini.

 

É difícil para a gente entender que todos somos um. Por essa razão, há várias versões da origem do Universo, seja pela mitologia, religião ou ciência.

 

Quero crer que todos fazemos parte de uma família humana cujo Pai é o mesmo. Faz sentido para mim o princípio budista da inclusão. Se todos somos irmãos espirituais e temos a mesma origem, rejeitar alguém é excluir uma parte de nós mesmos.

 

Penso que eu só consegui me sentir pertencendo a essa grande rede humana quando acolhi o princípio da inclusão.

 

Incluir alguém não quer dizer que eu tenha que conviver com todos. A afinidade não pode ser ignorada, em especial a de princípios. 

 

A inclusão não significa ser ingênuo, cabe a cada um usar de percepção e curiosidade para conhecer de verdade o outro e saber o que esperar dele. 

 

A inclusão significa que todos nós somos irmãos em sombra também. Acolher minha sombra me possibilita acolher a do outro, mesmo que não me identifique com ela. 

 

Inclusão é sentir-se pertencendo ao todo, perceber que todos somos fragmentos do todo, se faltar um fragmento o todo estará incompleto. 

 

Quem sabe não seja a rejeição da inclusão a sensação de separatividade e de isolamento, e a aceitação dela seja o princípio que nos torna um. 

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