Resiliência é o mesmo que força e resistência?

 

“A maioria de nós tem uma forte resistência para suportar as situações, tem uma rigidez egóica muito grande.” 

Aidda Pustilnik)

 

Eu era resistente quando eu tinha vida laboral, produzia mais e mais rápido do que outros colegas. Eu fazia mais do que dava conta, ou seja, não respeitava os limites do corpo e da mente. 

 

Na verdade, a resistência é uma força de oposição, que se esvai à medida em que é usada. A resistência está no contrafluxo da vida, e o resistente insiste mesmo não conseguindo, acha que só precisa de mais determinação.

 

Era o que acontecia comigo: fazia um grande esforço para chegar ao resultado, a ponto de periodicamente cair em exaustão. Tal desgaste tinha como consequência a somatização, adoecia para o inconsciente me dar freio. 

 

Quem é resiliente segue com o fluxo, ou seja, observa o que acontece fora e como está dentro de si, tira proveito criando oportunidades. Procura alternativas de soluções e escolhe aquela que requer menos esforço e o máximo de resultado. 

 

Seguir o fluxo não é “deixar a vida me levar”, em completa passividade. É tomar uma atitude ressonante com o fluxo. 

 

Quem segue com o fluxo tem sua força renovada, ela nunca se esgota porque não há resistência. 

 

O resistente é rígido, por isso se quebra, o resiliente é flexível, se amolda ao que acontece. 

 

O resistente diz: “pode colocar mais peso que eu dou conta”. O resiliente diz: “será que consigo? Deve haver uma forma menos exigente de conseguir. Vou agir de acordo com meus limites físicos, mentais e emocionais. 

 

Se eu soubesse naquele tempo que a resistência adoece e que o ideal é a resiliência, minha vida teria sido mais fácil. 

 

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