Ânsia de eternidade

 

“Eu acho que será para sempre, mas sempre não é todo dia.” Oswaldo Montenegro 

 

Não está no vocabulário do consciente a palavra finitude. Por medo da morte, a mente é programada para que tudo de bom dure para sempre. 

 

Quanto mais prazeroso sejam o sentimento, o vínculo, as atividades, mais o momento se eterniza no coração.

 

Isso se origina no apego e na falta de confiança na vida. Acreditamos que se soltarmos o que temos, ficaremos sem nada, ou o que vier será pior. 

 

É como se a sensação que sentimos naquele instante fosse insuperável, insubstituível. 

 

Até certo ponto é verdadeiro, cada instante é único, mas o instante seguinte pode ser tão bom como o anterior.

 

É um paradoxo. A ideia de finitude só é admitida para aquilo que queremos nos livrar, que queremos que termine.    

 

Esse raciocínio está no contrafluxo da vida que está em constante movimento e mudança. Daí vem a frustração, a tristeza, o luto. 

 

Na vida na Terra nada dura para sempre, nada é eterno. Quanto mais aceitarmos essa realidade, mais teremos paz e alegria e gratidão. 

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