Prefácio (do livro Ciclos da vida )

 


A vida se renova, a cada instante alguém nasce, enquanto outro morre, o bebê dá os primeiros passos, outro nem sabe que está dando os últimos. Na mesma medida em que um sofre, outra pessoa vive um orgasmo.

O que era antes não volta mais, o que passou não está mais aqui, cada giro do ciclo da vida muda a natureza, as pessoas, as circunstâncias, as oportunidades.

Sinto que estou num novo ciclo, minha percepção se ampliou, minha intuição se refinou, a ansiedade diminuiu.

Parece que tudo está igual fora, enquanto dentro tudo se prepara para a mudança.

Mesmo que pareça que em mim a vida está minguando, a força se renova, trazendo à tona potenciais adormecidos.

Assim é o ciclo da vida, passado, presente e futuro são apenas etapas de experiências. Cada uma delas nos prepara para cada novo ciclo.

Preciso fluir com a vida, desapegar-me de qualquer coisa que me impede de dar o próximo passo. Assim, tudo se alinha, se harmoniza, há propósito.

Assim como a folha que cai aduba o chão, tudo que vivo e vivi é nutrição para a transmutação.

É da natureza da vida a entropia, desordem e aleatoriedade, tendência à decadência que acontece quando um novo sistema se apresenta, uma nova ordem.

Para participar ativamente do ciclo da vida preciso me adaptar à impermanência que lhe é característica.

A vida flui em mim e eu me empenho a acompanhar seu curso. Estou aqui de passagem, sou filha das estrelas e sigo o Caminho, a Verdade e a Vida.

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