Uma morte de cada vez

  

“Eu não preciso de compaixão porque venho fácil, vou fácil, um pouco alto, um pouco baixo. Qualquer caminho que o vento sopre não importa de verdade para mim.” Bohemian Rhapsody Queen

 

Sim, eu sei, todo dia morro um pouco

Não há salvação.

A morte me acompanha desde que nasci

É uma sombra que me cobre os olhos para que eu não a veja.

 

Ela é inevitável, qualquer um pode ver.

Não adianta tentar fugir, nem enganar

Vez por outra ela mostra a cara estupenda

 

Mas há que ser uma morte de cada vez

Para quê antecipá-la morrendo sem morrer?

 

Sim, eu sei, já morri e renasci tantas vezes

que nem sei mais o que é vida e o que morte.

Ela me dá vida quando quero morrer e me mata para eu poder viver. 

 

Ela tem muitas faces, se veste de euforia,

me hipnotiza, se finge de morta, gira a roda da fortuna e me deixa na mais rica das misérias.

 

Ela tenta me enganar se mostrando horrenda, mas eu sei que ela é bela.

É a ilusão do fim quando é o começo.

 

O arauto anuncia que é chegada a hora de  deixar a morte que aparenta vida, e seguir a jornada que ainda não entendo, só sei que é eterna. 

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