Deixe para depois ou deixe para lá


 

Eu criei o mal hábito de deixar para depois ou deixar para lá. Saindo da academia, percebo que esqueci um exercício, mas não volto para fazê-lo. Olho meu carro estacionado e vejo que ele está invadindo outra vaga, mas deixo para lá. Me arrependo de uma compra, mas não a devolvo, deixo para lá.

 

Eu me lembro de algo que devo fazer e digo a mim mesma: depois eu faço. Isso colabora com o déficit de atenção e o esquecimento. Depois eu faço quando posso fazer agora vai adiando o que não quero fazer, a resistência aumenta e se associa com a preguiça.

 

Sem perceber passei a postergar, a adotar o lema que diz: Não faça hoje o que você pode deixar para amanhã ou deixar para lá. 

 

É nas pequenas coisas que se revela a negligência comigo mesma e com o outro. Racionalizo, digo que não tem problema deixar de fazer um exercício, que só entrei um pouco na vaga ao lado, que posso dar de presente o produto que não me serve ou não gostei. Me engano dizendo que há tempo para fazer depois e que postergar não trará nenhum prejuízo. É só dessa vez. Então o deixar para depois acaba virando o deixar para lá.

 

Tenho consciência quando não faço a coisa certa, mesmo quando é possível corrigir. 

 

Dei o comando à minha mente para agir corretamente, para não menosprezar o erro só porque são coisas aparentemente sem importância. Não vou mais deixar para lá ou deixar para depois. 

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