Que mal há em me distrair?

  

“A distração é uma arma de destruição em massa. O inimigo não vai te matar no adultério, ele não vai te matar no pecado, ele vai te distrair. João Batista perdeu a cabeça, mas não perdeu o propósito. Perca a cabeça, mas não perca o propósito.” Jackson Marques

 

Sergio Abal compôs uma canção que diz: “O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído.” Ledo engano.

 

Eu tenho TDAH e sei o mal que a distração causa. Já queimei panela no fogão, cheguei até a cruzar uma avenida com o sinal fechado. E não foi o acaso que me protegeu, foi a providência divina.

 

A distração me tira do presente e ajo sem pensar. Ela me tira a atenção necessária para fazer a coisa certa, para não sofrer acidentes, para ver o perigo.

 

Grande parte dos meus momentos mais prazerosos, os encontros mais significantes não ficaram em minha memória porque eu estava distraída.

 

O pior da distração é aquela que me afasta de mim, do que penso, do que sinto, do que estou fazendo.

 

Como diz o prefácio, a distração é a arma usada pelo inimigo para me destruir. 

O ladrão usa o comparsa para me distrair e para que eu não perceba que estou sendo roubada.

 

O auto boicote usa a distração para me impedir de ter êxito. Ele não quer que eu pense por mim mesma, então me distrai instigando pensamentos que me causam medo.

 

A distração é a pior forma de estar ausente de mim e da vida. Por isso me esforço em estar presente e atenta. 

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