Fobia social
“A Fobia Social é como um buraco que a cada convite recusado, cavamos ainda mais na tentativa de nos esconder de nós mesmos.” Cleber
Quando me tornei adulta, achei que o retraimento que tinha na infância e na adolescência tinha se acabado, afinal interagia com colegas de estudo e de trabalho, tínhamos assunto em comum. Era capaz de falar para um auditório lotado, e isso aumentou minha autoconfiança.
Mas quando era convidada ou precisava ir a um evento social, voltava a me retrair. Só me sentia segura quando tinha companhia, a maioria das vezes de meu marido.
Agora que vivo só, a dificuldade de me socializar tornou-se fobia social. Quando recebo um convite, a ansiedade me impede de ir, dou uma desculpa para não comparecer.
Associada à fobia social, fiz da casa meu refúgio, onde faço tudo do meu jeito e não me obrigo a nada, a não ser a fazer o que é necessário.
Esse aparente conforto me faz hesitar até a ir a encontros familiares, se for prolongado e em lugares desconhecidos.
Fiz da minha casa prisão cujo carcereiro sou eu mesma.
Paradoxalmente, sinto falta de companhia, de ter com quem conversar, com quem trocar ideias.
Sei que quanto mais me retrair, mais difícil será achar a chave que me libertará da fobia social.
É natural que nas primeiras vezes eu sinta desconforto, mas se não tomar a iniciativa me privarei daquilo que mais sinto falta, que é de interagir.
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