Dor que cura
“É preciso agradecer a Deus por cada grito de dor que nós soltamos. Sempre aprenderemos algo com as pessoas. As pessoas boas nos trazem felicidade, as pessoas ruins nos trazem maturidade.” Iang Cast
Enquanto doía, achava que nunca ia passar. Enquanto chorava, as lágrimas me lavavam a alma, me preparavam para a cura.
A dor da resistência não passa enquanto eu não a soltar. Para passar, primeiro ela precisa ser aceita. Quando ela vem, pergunto o que ela tem para me ensinar.
Hoje sei que tudo passa, tanto a aflição quanto a alegria. A pior escolha para aliviar a dor é tentar fugir dela, a pior escolha para a alegria é tentar retê-la.
Tudo é uma questão de dosagem. Só consigo apreciar uma comida até o limite em que ela me sacia, depois disso o prazer se esvai.
A intensidade da dor é dosada pela aceitação. Quanto mais resisto a ela, mais me contraio, e a contração intensifica a dor. Se a enfrento e me permito senti-la, a libertação acontece. A dor que cura é aquela que ensina e que eu me permito aprender.
Agradeço às pessoas com quem convivi que me causaram dor. Elas me ajudaram a aumentar a força e a resiliência, além da coragem para me afastar delas. Elas forjaram em parte quem sou agora.
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