Silêncio invisível

 

 

Minhas batalhas silenciosas

guardam espada afiada que nem sempre 

uso

 

Às vezes sou tempestade, outras vezes lago a refletir a verdadeira face 

 

Se tivesse me jogado no precipício o silêncio me traria respostas invisíveis

 

Um eco cristalino de uma voz conhecida,

ao mesmo tempo estranha

não precisa de palavras para falar

 

Minha força é invisível, não porque a quero esconder, faz parte de sua natureza

 

Sei quem sou, no entanto o espelho vai além 

 

Tem dias em que me perco em pensamentos aleatórios como um redemoinho que junta a poeira a ser varrida

 

Em outros momentos a luz me atormenta ao mostrar prismas ainda desconhecidos que me impedem de voar

 

Tudo isso acontece sem que ninguém perceba, ainda não aprendi a me revelar 

 

Não é uma máscara, é a rigidez dos músculos, a frieza dos olhos, o muro que me separa do outro

 

O silêncio invisível não divido com ninguém, faz parte do processo de cura e dele é inerente. 

 

Enquanto medo em mim houver, não provarei do doce sabor do amor, nem saberei o que é estar junto de alguém

 

Na medida em que nego o mal em mim, não poderei devolvê-lo à sua origem 

 

Há um tempo para todas as coisas

E quando eu menos esperar

a linha que não ousava cruzar

desaparecerá

 

Não haverá mais limites nem fronteiras entre mim e você, nem entre os fragmentos que o atrito espalhou 

Seremos uno como sempre haveria de ser 

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