Vazio e desamparo
Vazio e desamparo
“Nem se eu bebesse o mar encheria o que tenho de fundo.” Djavan
Passei muito tempo voltada para realizações, para o fazer, para não entrar em contato com o vazio que há em mim.
É um vazio sem fundo, um abismo eterno e permanente tão forte que não consigo evitar. Quando a ansiedade se aprofunda, sinto que preciso entrar em contato com ele, ouvi-lo, acolhê-lo.
O vazio integra o meu ser, é inerente à incompletude que nada preenche. Se quero preenchê-lo, mais fundo entro nele.
A sensação de vazio se ameniza quando me permito amar pelo amor, sem expectativa, sem objeto.
Enquanto estou amando, a satisfação que sinto me tira do desamparo, ainda que não me complete. O amor é o que mais me aproxima da integridade.
A chave está na conexão com a vida, com as pessoas, comigo mesma. Se estou conectada, posso sentir plenitude.
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