Apatia versus euforia
Meu psiquiatra diz que não sou maníaco depressiva, mas já vivi períodos de intensa euforia seguidos de apatia paralisante.
Se foi tristeza, depressão, inércia, angústia ou mesmo apatia, não saberia distinguir.
O fato é que meu estado de ânimo nunca foi morno, ou ardia ou era gélido.
Meu entusiasmo era delirante, com excessiva autoconfiança e coragem que beirava à inconsequência.
Se mudava para o desânimo, não via graça em nada, nada me motivava, congelava as emoções.
Essas polaridades me mostravam o auge que eu poderia chegar. Ao transitar entre eles, forçosamente passava pelo ponto intermediário entre os dois, e a cada vez aprendia mais sobre esse lugar.
Hoje fico mais tempo nesse ponto de intersecção do que nos extremos. Tanto a apatia quanto a euforia foram e são instrumentos de aprendizado sobre a intensidade deletéria que me tira do eixo e encobre o que de verdade sinto.
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