Fragmentos do tempo


 

No tempo das paixões eu tinha pujança. As paixões chegavam como um relâmpago e terminavam feito um trovão. 

 

Tudo que fazia, pensava e sentia era paixão, entusiasmo, empolgação, um vigor que me fazia pensar que nada era impossível.

 

Cada vez que a ela me tomava, sentia vigor e frescor revigorante, me sentia exuberante.

 

Quando um sentimento, um pensamento, uma ideia estrondava em mim, sentia-me indestrutível, inabalável, poderosa.

 

Por ser ilusão, era comum a paixão resfriar quando confrontada com a realidade.

 

Hoje só me resta fragmentos desse tempo, lampejos que logo desaparecem. 

 

Esses fragmentos de vida deixaram marcas importantes em mim. Sinto falta desse impulso desenfreado, da intensidade viciante, das vibrações avassaladoras que percorriam todo meu corpo. Saudades do tempo em que me entregava a essa corrente de prazer, eu era a paixão. 

 

Eros que o diga, ele era minha testemunha. 

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