Pensar demais
“Pensar demais não te aproxima da resposta, te afasta de você.” Ana Beatriz Barbosa
Quando estou ocupada, pensar demais acontece menos, mas vêm à mente coisas que não fiz, aí interrompo minha ocupação para cumprir o que lembrei, e quando volto esqueço o que estava fazendo.
Quando estou dirigindo começa a balburdia mental: “eu desliguei o fogão? Esqueci de aguar as plantas, faz tempo que não leio, preciso marcar meus exames.” Ou então vêm lembranças aleatórias, uma leva a outra e a divagação é interminável.
A mente só para, e mesmo assim por instantes, quando alguém buzina porque o sinal abriu.
O hábito de controle não permite que eu tenha foco no que estou fazendo. receio esquecer de algo importante.
O pior momento é quando me deito para dormir, os pensamentos não me deixam em paz. Até mesmo quando acordo para ir ao banheiro eles voltam, como se não tivessem sido interrompidos. O jeito é ficar observando-os até dormir pela exaustão mental. Isso se a ansiedade não me dominar, aí vem a insônia.
De uns tempos para cá, passei a observar meus pensamentos e travo um diálogo com eles: “adianta pensar nisso agora? Agora estou dirigindo, e é nisso que preciso me concentrar”. Me esforço a me manter presente, observo o céu, os prédios, o carro à minha frente enquanto dirijo. Tem funcionado, pelo menos por algum tempo. Quando os pensamentos voltam, ativo meu eu observador, um a um os valido, respondo: “ok, isso é importante, vou tratar disso quando puder. Não se preocupe, não vou me esquecer de você.” Ou então, ligo o gravador do celular e dito o que preciso fazer.
Muitas vezes só basta isso para eles não voltarem, nem preciso consultar o que gravei.
Educar os pensamentos importa em estar presente, em ter foco no agora. É o que venho exercitando.
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