Convivência


 

“A vida é convivência, o outro se impõe o tempo todo ... os outros estão sempre interagindo conosco” Clovis de Barros

 

Os individualistas aparentemente não sentem falta de interação, e há quem diga que não devo dar tanta importância à opinião alheia. Concordo em parte.

 

O humano é um ser gregário, por isso precisa pertencer a um grupo, a uma comunidade, encontrar os seus semelhantes. 

 

Preciso do olhar do outro para me construir e reafirmar minha identidade, para me ver pela lente dele. É claro que preciso tomar consciência de quem sou, para não me deixar influenciar ou não ser dependente desse olhar, que pode estar distorcido, mas preciso ter o outro como referência, no mínimo, para saber se estou me expressando com fidedignidade para mundo, ou estou passando uma imagem errada minha. O outro é eficaz em me revelar os pontos cegos.

 

Estou o tempo todo interagindo com o mundo em algum nível, estabelecendo conexões variadas, ainda que não me vincule. 

 

A mais importante das interações é a convivência. Quanto mais tempo ela dure, mais significativa se torna, porque ela diz muito sobre mim, me revelará características, tendências, inclinações, limites, deficiências e equívocos que não seria possível identificar fora da convivência. 

 

Conviver é viver com, ou seja, viver uma vida comum, compartilhada, uma troca que soma e multiplica, que transforma quem quer tirar o melhor proveito dela. 

 

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