A dor da rejeição
“... Porque quando alguém saiu porque não me quis mais, não é só saudades que me deixa triste, não é só a perda daquela pessoa, é a ferida em mim.” Rita Kehl
Eu não passei pela dor da rejeição, sempre foi minha a iniciativa de sair
da relação. Ainda assim, o sofrimento existiu porque ruiu meu castelo de areia, o projeto de vida a dois e em seu lugar ficou a crença de que não fui amada
o bastante. O sentimento de menos valia se instalava.
A maioria das pessoas acham que
seu valor só existe se for reconhecido pelo outro, principalmente tratando-se
de relacionamento afetivo. Quando
isso não acontece, o peso da comparação aumenta.
Se alguém não me quer mais, há inúmeros motivos disso acontecer.
Pode ser porque ele mudou, ou eu mudei
e ele não dá conta de se adaptar àquela que me tornei. Quando não há mais amor, quando passamos a ter objetivos inconciliáveis, por exemplo. Mas nunca
é porque eu perdi meu valor pessoal.
Entretanto, se a pessoa não é mais desejada, a autoestima é abalada e a dor da rejeição se aloja, ela pode passa
a odiar aquele que supostamente a feriu assim.
Ao invés de viver o luto da perda
da pessoa amada e do fim do casamento, de transformar esse luto em saudades, não consegue dar um fim saudável
ao vínculo, enquanto estiver ferida
em seu amor-próprio.
Essa é a razão da vingança,
muitas vezes usando os filhos para ferir
o ex-companheiro, em casos extremados chega ao crime passional.
O fortalecimento da autoestima se dá
ao compreender e aceitar que alguém pode deixar de me amar, e isso não diminui meu valor.
Comentários
Postar um comentário