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Mostrando postagens de julho, 2024

Eu e o tempo

  O tempo se esconde de mim, trabalha nos bastidores. Quando esqueço dele,  a vida é mais suave, não tenho que prestar contas do que fiz com ele.  Às vezes o perco, outras ele vai  ao meu encontro.     O tempo mexe comigo. Quando ele tece mudança em mim, não me dou conta do processo, e quando ela surge, parece que foi instantânea, quando pode ter durado dias.    Meu tempo afetivo se dilata ou se retrai conforme minha forma de atuar  no mundo e o jeito como reajo  às experiências. Há instantes que duram horas, e dias que duram um instante.     Seguir o tempo psíquico me capacita  a perceber ele passar, a ter habilidade   em registrar e sedimentar o tempo na memória. O tempo psíquico é pessoal,  ele se ajusta a mim, não pode ser sincronizado de forma coletiva como  se dá com o tempo do relógio.    Uma das dificuldades do casal é entender e se adaptar ao tempo do parceiro. Saber qual é o tempo de acon...

Mosaico

Já despedacei meu coração várias vezes na vida, por causa de pessoas  ou de acontecimentos. Cada vez que isso acontecia, eu recolhia os pedaços,  me dava colo, cuidava de mim,  me permitia um tempo para me recompor. Pedaço por pedaço ia fixando com a cola do amor, do perdão, da compaixão.    Meu coração remendado é um lindo mosaico colorido pelas experiências  da vida. As peças se encaixam  e o desenho vai mudando de forma sempre que chega mais uma. Como ele se expande, sempre cabe mais um pedaço nele, por isso o acho cada dia mais belo. 

Realidade encantada

  A realidade não precisa ser fria,  nua e crua, ela pode ser pintada  com as tintas do encantamento, filtrada  com a lente do imaginário, temperada  a gosto.    Convém suavizá-la com a melodia  dos sentidos, a beleza da arte; descrevê-la com o calor das palavras, o sabor  das ideias, o perfume da percepção.    É oportuno vesti-la com a elegância  da gentileza e despi-la como faz  o amante numa noite de paixão.   Há que vivê-la com o toque da magia,  a leveza do sonho, o acolhimento do colo,  o deslumbramento infantil.     Tocá-la com suavidade, sensibilizá-la  com afeto, dar a ela um significado,  um propósito. Abraçar a realidade  com o carinho de quem só tem  a agradecer.   

Espelho

    Ouvi alguém dizer que a gente se apaixona por quem a gente é quando está com essa pessoa, pelo que ela desperta na gente. Faz sentido, se eu gosto de como eu sou posso gostar do jeito que o parceiro é. Como faz sentido o oposto, a gente se separa porque não gosta da pessoa que a gente se tornou na companhia dessa pessoa.     É preciso se distanciar para ver o que não está funcionando na relação,  se é a conexão comigo mesma, se é a forma de funcionar entre mim e ele, ou se é o funcionamento da própria relação. À exceção da primeira hipótese, para dar certo, o caminhar precisa ser uma via de mão dupla,  se um dos dois não tiver disposto a ir ao encontro, não há mais o que salvar.     Somos atraídos pelo modelo criado por nossas crenças. Eu acreditava que só seria amada se fosse necessária e acabei a parceria por exaustão de tanto  me esforçar e não me sentir amada.   Eu só fui embora quando recuperei quem eu sou, quando voltei a me re...

Julgamentos

    “Não me julgue pelo meu passado,  eu não moro mais lá.” Essa frase  me tocou em vários níveis.    Há pessoas que conservam a ideia cristalizada que tinha a meu respeito,  por falta de interesse em saber quem  eu sou agora. Talvez nem antes ela via  quem de fato eu era. Já fui assim.  Se eu apagasse todos os erros  do passado, não teria a maturidade que tenho, nem seria quem eu sou agora.    Há quem trace meu perfil a partir  de uma atitude ou característica minha isolada, não entende que essa informação não é suficiente para definir quem sou. Também tenho essa tendência.    Para me conhecer, assim como para conhecer qualquer pessoa, há que ingressar num processo contínuo  de aprendizagem que requer interesse constante e curiosidade por mim. Isso porque estou em constante mutação,   às vezes para melhor, outras vezes para pior. Quem eu sou hoje não é mais  quem eu fui lá atrás.   ...

No limiar da loucura

A vida toda fui atormentada pelo medo  de enlouquecer, até perceber que minha loucura era a expressão da sanidade. Vivia um paradoxo: o medo  de enlouquecer se convertia   em transtorno de ansiedade generalizada, cujos sintomas me tirava a sanidade mental. Pensamentos intrusivos  e trágicos, estado de alerta, alienação   de mim mesma, perda do discernimento eram os sintomas do surto,  que se agravava à noite e me levava  à insônia.    Descobri que o medo de enlouquecer  me impedia de ser eu mesma, de ser autêntica, de assumir meu lugar  no mundo. Era uma defesa contra a perda de  controle, para evitar a entrega  a meu eu mais profundo. Queria sobreviver, quando a questão era sobre viver.     A neurose é a tentativa de me manter segura, e a loucura é quando eu atravesso o medo e vou às alturas.  O que me acometia não era loucura,  era excesso de lucidez, consciência  de que me encontrava s...

Quem é você?

    Tenho anseio de desfrutar  de uma relação em que haja afeto, cuidado, diálogo, respeito, admiração,  e carinho, em que ambos queiram construir intimidade e a cada dia fortalecer o vínculo.    Quero encontrar alguém que  me faça rir, que goste de abraçar  e andar de mãos dadas, que queira conversar, que esteja disposto  a me ouvir, que seja meu confidente, alguém que desperte em mim o que tenho de melhor. Procuro antes de tudo um amigo, alguém que deseje me conhecer,  que me veja e me aceite como sou.    Já busquei você em meus sonhos  e não te encontrei, talvez o tempo  de cada um ainda não esteja maduro. Sinto que o conheço, embora  não saiba quem você é.   Será que eu já lhe vi sem saber  que você me estava destinado  ou já nos cruzamos sem  nos percebermos? Saberei quem é você?    O encontro será aleatório ou seremos atraídos um pelo outro pela afinidade de intenções?  ...

Sobre viver

    Guardo comigo dias prazerosos que  o tempo levou, o cheiro dos momentos felizes, o eco das palavras doces.    Em dias tristes, tais momentos são referência de possibilidades que continuam latentes, à espera  de se materializar no agora.   Deixo o tempo varrer os dissabores,  as tristezas, os desgostos. Ando na ponta dos pés para não acordar a dor, delimito  o que cabe em meu coração, o que quero que fique, determino o perímetro  de segurança.    Entendo a necessidade dos ciclos,  das perdas e do desapego, eles burilam minha própria evolução.    O destino é o nome que dou à estrada pavimentada pelas minha escolhas,  mas às vezes é ele que me escolhe,  que me convida a seguir meu sonho,  sem olhar para trás.   E assim a vida segue pendular entre problemas, soluções e momentos que  me nutrem o corpo e o espírito.  Não se trata de sobreviver, mas sobre viver o amor em forma de propós...

Colcha de retalhos

  Ao ler ou escutar algo que me toca, sinto-me inspirada para falar sobre o tema,  e dentro de minha fala me aproprio  e reformulo aquelas que   me sensibilizaram. O exercício mental  a seguir é uma colcha de retalhos   da ressonância que tais pensamentos provocaram em mim.    Eu posso até queimar o livro que não gostei, mas seu conteúdo fica gravado como referência a ser observada ao escolher o próximo.    O tempo não apenas me ensina  a conviver com a dor como também   me ajuda a posicioná-la em um lugar que seja suportável.    O amor de Deus se manifesta pelo perdão, mas dar uma outra chance  é privilégio de quem resgatou minha confiança.    Se eu quiser um final feliz de minha história, preciso continuar escrevendo, não para chegar a um final feliz, mas para narrar um novo recomeço.      Sacrificar-me é optar pelo que quero, renunciando a tudo que não escolhi.  Ao querer tudo não...

Relacionamentos

  Relacionamentos   Mulheres se queixam de não conseguirem ter um relacionamento duradouro, de não encontrarem alguém que queira dividir com elas a vida, constituir família, e se perguntam o que há de errado com elas.   Não tenho resposta para isso, mas posso falar de mim. Não passei por essa dificuldade, tive três relacionamentos  e em todos formei família, dois deles foram duradouros. Mas posso dizer que comungo do mesmo sentimento delas, porque esses relacionamentos cobraram um preço alto para durarem,   o da solidão a dois, de ter de conviver com alguém narcisista, voltado apenas para si, que não conversava, insatisfeito com tudo, constantemente reclamando.     Para cada um deles, estar comigo  era confortável, porque eu me esforçava     em agradá-lo, tentava adivinhar   o que ele queria, mas nada era   o bastante. Nenhum deles achava   que eu era capaz de ir embora, e quando fui me disseram que nunca pensaram  em...

Tempo que cura

  Já aconteceu de eu estar enfrentando uma forte crise emocional, pensar que nunca ela ia acabar, e de uma hora para outra superá-la, como num passe  de mágica.   Até as estações do ano passam por transformações penosas, que se eu não conhecesse seus ciclos, acharia que seria o fim. Se há uma estação das flores  e outra de frutas, as que se seguem aparentam estar definhando, com a perda das folhas no outono e a neve encobrindo tudo no inverno. Enquanto isso a vida  se mantém latente, à espera de momento propício para florescer.    Tudo que é vivo tem um tempo de maturação, de auge, declínio  e renovação. Quando nada parece estar acontecendo, a mudança vai  se processando no subterrâneo da vida, até emergir plena e pronta.    Assim acontece comigo, por não perceber o processo acontecendo dentro de mim, às vezes me impaciento, não espero o tempo de cura. Quando menos espero, algo acontece que muda meu estado de ânimo, revela a transfo...

Amando o amor

  Amando o amor Virgínia Leal    O amor se expressa por palavras de afirmação, pelo tempo de qualidade dedicado, por atos de cuidados, pelo toque físico. Cada um tem o seu jeito de demonstrá-lo.    A intimidade é um dos aspectos do amor, importa em compartilhar medos, inseguranças, vergonhas com alguém que me escuta sem julgamentos.  É um lugar de revelar meus pensamentos mais íntimos.    O paradoxo é que o amor gosta de intimidade e o desejo gosta  da dimensão desconhecida do outro.  Para sobrevivência de ambos há que ter  equilíbrio entre eles, dosá-los  e alterná-los.    Quem nunca amou ninguém desconhece a dor da perda.  A maior riqueza da vida é ter alguém que volta para me buscar, que não desiste de mim, mesmo quando erro, isso é um gesto de amor.     O ciúme é um ato de possessividade que esconde a insegurança, por trás  da  insegurança o medo de abandono, da rejeiçã...

Emoções

  Emoções   Só eu sei de meus avessos, quando estou em crise e como me desorganizo tentando criar recursos para lidar com ela.    As emoções me dão razão de viver, ainda que para mim elas possam ter significados diferentes de outrem.  Penso que a mente não tem recursos para explicar a dinâmica da vida, para ela  a vida não faz nenhum sentido. Cada emoção tem um significado  e necessidade distinta de existir.     As emoções são ativadas em mim por  um cheiro, um som, um sabor que estão conectados a algum acontecimento relevante da minha história. Meu corpo registra a reação e a mente a preenche de significado.  Sentir direciona  a percepção que me ajuda a compor   e explicar algum acontecimento passado.    Ao final de tudo decidi que não quero ser a pessoa que não desejo ter por perto. Não há coerência em muitas coisas dentro de mim, mas é preciso que haja caos para uma nova estrela nascer.    ...

A difícil escolha ética

    Ainda que o erro faça parte  do aprendizado, só se aprende ao corrigir  o erro, assumindo o compromisso consigo mesmo de não o repetir.    Tenho me perguntado como eu sou quando ninguém está me vendo? Sigo meus valores éticos ou escorrego  no vício?   É difícil escolher a conduta ética quando vai contra desejos egóicos, quando  o desejo será supostamente prejudicial  à pessoa.     Na esfera do comportamento, todo mundo oscila entre agir de acordo com  as virtudes que incorporou e os vícios que adquiriu.    Como disse o apóstolo Paulo, tudo me  é lícito, mas nem tudo me convém. Tudo posso, porque sou livre, mas nem tudo me convém, porque algumas ações têm consequências danosas para mim e para os outros.     Ainda que duas pessoas tenham vivido  o mesmo tempo, a qualidade do tempo  de cada uma não é o mesmo. Quem melhor o aproveita, vai se distanciando   de hábitos nocivos, e ...

Crise

  Entre os vícios humanos básicos,  o voluntarismo é o que mais me prejudica. Ele não me deixa viver o presente, que para mim nunca está bom o bastante,  cria expectativas irreais e me exacerba  o egocentrismo. O voluntarismo é a birra  da consciência que não cresceu e que precisa de regulação. É como se ela pensasse: “se não for do meu jeito, não quero.”    Quando algo muito desejado não  se realiza,  ou acontece, mas não  é do meu jeito e no tempo que eu quero, entro em crise. Se o desejo for muito forte, vem a descrença de tudo,  o ressentimento por Deus que não atendeu minha vontade. Chega desesperança, que me leva à falta de sentido na vida. Fico em estado   de alerta de que o pior aconteça, já que   a vontade não me foi satisfeita. Chego até  a duvidar das crenças que me estruturam a espiritualidade, até mesmo de que tenha vida após a morte. Cheguei   a pensar que o meu pior medo era esse, depois desco...

Paz, admiração, amor

    Nunca pensei seriamente a respeito  da paz interior, afinal sou uma alma atormentada por transtornos psíquicos. Posso dizer que já tive alguns instantes de serenidade, quando me permito dar   e receber amor, sentir algum atributo  do amor, como compaixão e empatia, mas mesmos esses sentimentos em mim não são isentos de sofrimento enquanto eu não aprender a lidar com eles.    Quando meu foco está naquilo que escrevo, há uma serenidade momentânea, que pode ser interrompida pela comoção que o conteúdo eventualmente me traz.    O que mais se aproxima da paz em mim são momentos de compreensão vinda  do coração, em que tudo começa a fazer sentido, e isso afasta o medo. Quando isso acontece, eu entro num estado  de calmaria, de ausência   de perturbações.   Creio que amor e paz estão interligados, porque onde há amor não existe medo, ou pelo menos, enquanto eu me autorizo  sentir o amor, o medo silencia e permite   ...

Meu reflexo

    Alguém me sugeriu para não  me perguntar o que sinto pelo parceiro, perguntar o que ele me faz sentir. Tive  um relacionamento em que o parceiro ativava em mim o que eu tinha de pior. Um dos motivos que me fez sair  da relação foi o de que eu não gostava   da pessoa que me tornei na companhia dele.    Após um tempo descobri que isso acontecia pela ressonância que havia entre nossas más inclinações. Quem sabe eu teria crescido como pessoa  se  estivesse fortalecida o bastante para não sucumbir com tais estímulos.    Mesmo à distância, e talvez até por isso, tenho aprendido muito sobre meu lado sombra, como reajo diante  de provocações, de violações que também pratico, como sou vingativa   e pago com a mesma moeda, embora às vezes pareça ser diferente.    Não sei como me comportaria agora, depois dessa investigação sobre mim,  há muito não tenho com quem me testar. Pelo menos a consciência de com...

Cartas de baralho

    A vida é como um jogo de cartas, tenho que me virar com as cartas que tenho  na mão. Quando quero trocar de carta, não se qual virá porque todas estão embaralhadas. Posso colocar todas  as cartas na mesa, o que é raro. Se eu tiver sorte, a vida me dará um coringa.   Se alguém bater antes de mim, tenho que pagar as cartas que não usei.     Assim é minha vida, recebo a primeira mão de cartas e tento jogar com elas. Mas não sei que resultado terá  a composição que eu fizer com elas.   A ação está em meu poder, depois a vida  se encarrega dos desdobramentos.   Às vezes dou as cartas, outras vezes não, às vezes pego uma mão boa, outras vezes não. Mesmo sem saber qual virá, acredito que será a que preciso, ainda que não combine de imediato com as que tenho na mão. Quando descarto, não sei o que o outro tem nas mãos, se ele vai tirar vantagem disso.    Nesse jogo incerto, muitas vezes eu  me quebro e tantas vezes tenho q...

Felicidade

    Fico feliz quando ponho um sorriso no rosto e me presenteio com palavras amorosas, quando fico mesmo querendo fugir, mesmo tendo motivo para ir embora.    Sou feliz quando a saudade não é triste, quando ela é feita de boas lembranças e agradecimento.    O amor é um sentimento grande que cabe em pequenos detalhes. Amar  dá trabalho, implica em construir vínculos afetivos, exige dedicação e tempo, energia e vontade, não lamentar por quem deixamos de escolher para amar. No entanto, ninguém é feliz sem ter amado ao menos uma vez.   Tenho mais passado que futuro, por isso me concentro em ter um presente feliz, ao cultivar crenças que nutrem a mentalidade de crescimento, ao ver  a dor como um sinal de alerta e buscar a causa.    Felicidade é o estado de espírito de quem acolhe o que parece ruim como  uma oportunidade de evoluir e o que parece bom como uma trégua,  um respiro, um momento de armazenar forças e prazer para dar ...

Divagações

    Fico me perguntando quando foi que  o mundo ficou raso, quando deixei o raso  me afogar, quando mergulhei sem saber nadar. Não me contento em ser quem sou, isso me estaciona, o que me move  é quem eu quero ser.    Quando estou perdida e quero encontrar meu lugar me vejo como a peça  de um grande quebra-cabeça e testo  em qual lacuna me encaixo. Dentro   de mim também há um quebra-cabeça que eu monto, sempre haverá peças faltando peças que preciso encontrar.    O medo chega para todo mundo  e a grande maestria está em ficar apesar dele, em me movimentar com ele mesmo que as pernas me pesem, mesmo com  o coração acelerado, mesmo na incerteza do povir.     O otimista tem facilidade em acreditar, mas só isso não me basta, preciso me dar permissão para preencher o vazio com  o que falta, aceitar quando a falta   é impreenchível, corrigir a falha criada pela da carência afetiva, pelo desamor, pela au...

Críticas

  O discernimento exige análise crítica  da situação, do contexto, mas muitas vezes o julgamento é baseado  em suposições e opiniões.    Eu fazia julgamento com frequência e era muito crítica, para me proteger buscava no outro o que ele tinha de pior.  Ficava irritada quando uma situação  me desfavorecia, me aborrecia sem razão, o que poderia ser evitado com  um pouco de paciência para que  o cenário ficasse claro.  Essa forma crítica e precipitada de ser provocava leituras erradas  das circunstâncias, das situações  e das pessoas, quando percebia  o equívoco ficava constrangida  e envergonhada.   Apontar defeitos não ajuda  o outro a melhorar. A mudança real acontece de dentro para fora, a partir  da motivação individual. Ninguém muda para atender expectativas.    A crítica sem critério afasta pessoas, cria resistência, provoca o efeito inverso  do que se pretendia. Ao criticar eu adotav...